GT 01 - Gestão Ambiental e Responsabilidade Social  (Manoel Messias de Mendonça - Graduado em Geografia e Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFS)

 

O Grupo de Trabalho uma discussão voltada para a reflexão sobre como o desenvolvimento de um processo de gestão ambiental socialmente responsável pode contribuir para minimizar impactos sociais gerados a partir da criação de Unidades de Conservação, através do planejamento e implementação de ações integradas entre instituições públicas, sociedade e empresas privadas. É nesta perspectiva integradora e interdisciplinar que pensamos quão tem sido o desafio das políticas públicas no Brasil voltadas para as áreas protegidas por lei, no sentido de minimizar os impactos sociais e criar condições e oportunidades de emprego e renda para as populações, bem como, que possam minimizar as agressões a essas áreas protegidas e ainda, que promovam o equilíbrio no uso dos recursos naturais, observando os princípios do desenvolvimento sustentável.

 

GT 02 - Território e Conflitos Socioambientais em Unidades de Conservação (Prof. Dra. Gicélia Mendes da Silva – Geógrafa (PRODEMA/UFS) 

 

O GT tem como objetivo trazer a lume discussões acerca dos processos de territorialização e desterritorialização que precedem e sucedem a institucionalização de Unidades de Conservação e os conflitos deles decorrentes, nos níveis social, econômico, político, cultural e ambiental.

 

GT 03 - Desenvolvimento Sustentável, Risco e Vulnerabilidade no Rural (Michele Amorim Becker -  Jornalista e Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFS)

O ambiente rural brasileiro tem passado, nos últimos anos, por um processo de transformação intenso, sobretudo no que se refere às práticas desenvolvidas por seus atores. Amparadas por políticas governamentais, essas práticas têm despertado interesse sobre o ambiente rural e seu papel na sociedade brasileira do século XXI, ao mesmo tempo em que tem gerado conflitos especialmente relacionados ao uso dos recursos naturais, a ocupação do espaço e a preservação do meio ambiente.  É com base nessas discussões que este grupo de estudo pretende discutir a ideia de um desenvolvimento sustentável para o ambiente rural aparada em outros dois conceitos importantes: a vulnerabilidade, isto é, quais as condições determinadas pelos diversos fatores socioambientais que aumentam a suscetibilidade e exposição de uma determinada comunidade aos impacto de ameaça; e o risco socioambiental, probabilidade de ocorrer um determinado evento adverso, que possam causar danos ou prejuízos ao ambiente rural. Trata-se ainda de aprofundar estudos e discussões que envolvam tanto as relações sociais, culturais e políticas quanto à própria relação do home com a natureza.

 

 

GT 04 - Participação e Gestão em Unidades de Conservação (Prof. Dr. Paulo Sérgio Maroti (UFS)

Tendo como pano de fundo o atual modelo de desenvolvimento adotado pelos governos a partir dessa sociedade pós-industrial e realimentado em um contexto capitalista  que transforma o meio natural em recurso, não privilegiando a indissociabilidade entre natureza e cultura é que vislumbramos as unidades de conservação. Os possíveis caminhos para as discussões do GT poderão permear quanto aos processos de exclusão e participação da sociedade civil junto aos movimentos de democratização da gestão do patrimônio natural ou também denominada de governança sobre bens comuns, focadas nas unidades de conservação. Do "mito moderno da natureza intocada", proposto por Diegues, onde a natureza precisa ser protegida do efeito perverso da existência humana até os fatos ocorridos nos últimos meses quando tivemos uma acirrada disputa entre ruralistas e ambientalistas no Congresso Nacional para votarem as reformas do Código Florestal, praticamente vencida pelo primeiro grupo. Neste contexto, pode-se vislumbrar as unidades de conservação como os últimos redutos para a fauna, a flora e seus relevantes serviços ambientais (essenciais para nossa existência). Assim, destaco questões que podem balizar nossas discussões: em que medida as políticas públicas de proteção da natureza, e em particular aquelas relacionadas às da democratização da gestão das áreas protegidas, são realmente capazes de promover a inclusão-participação para tais áreas? O quão vazio e banalizado é o discurso da participação na gestão de áreas protegidas (incluindo os Comitês de Bacia Hidrográfica) e o que vem ainda impedindo as verdadeiras ações para a conservação ambiental? Quão vulneráveis são tais políticas diante de um quadro social precário, como de falta de emprego, de falta de políticas ambientais efetivas e sociais?

 

GT 05 - Questões Ambientais e de Gênero em Unidades de Conservação (Profª Livia Cardoso - Doutoranda em Educação - UFS/UFMG)

 

Quem está mais ou menos apto/a a se relacionar com o ambiente? Existiriam aqueles ou aquelas mais sensíveis às problemáticas ambientais? E mais afinados/as à “mãe-natureza”? Em meio a tantos essencialismos demandados nas relações de gênero e nos modos de se relacionar com o ambiente, questiona-se, aqui, como sujeitos constituem a si e a sua relação com o meio nesse cruzamento entre discursos ambientais e generificados. Problematiza-se, sobretudo, conflitos e possibilidades estabelecidos quando se lança o olhar para estas duas categorias. Este GT tem como objetivo, portanto, discutir como se relacionam as questões ambientais e as de gênero em Unidades de Conservação.